Sem razão.

Me lembro bem que, quando criança, me pegava pensando nos motivos da minha existência.
Por que nasci nessa família?
Por que nasci nesse lugar?
POR QUE EU SOU EU?

Exatamente… Eu pensava que poderia ter nascido no lugar de qualquer outra pessoa.
Pode parecer, no mínimo estranho, um garoto de quatro anos se questionar sobre sua identidade, mas a verdade é que eu me questiono até hoje.
Todos os dias, bons ou ruins, isso me inquieta.
Mesmo quando eu decido aceitar e não mais questionar, volto a me indagar algum tempo depois.

Se isso tudo é mesmo uma questão de opção, parece que eu não estou satisfeito com a minha.
E, pra mim, não há novidade nenhuma.

Aceitar e agradecer sem saber a razão, nunca foi meu forte.
Eu sei que estou errado. 
Mas por mais que eu saiba que depois que se conhece a verdade, estabelecemos um compromisso com ela, as verdades que eu conheço não me agradam.

E eu que aguente o eco delas.

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